Informação sobre enxaqueca, causas, sintomas e tratamento da enxaqueca e cefaleia. Abordamos todos os tipos de enxaqueca.


Prevenir a enxaqueca

A profilaxia pode reduzir a gravidade e a frequência das crises, mas não as elimina por completo. Assim, o tratamento sintomático é sempre necessário. A abordagem terapêutica inclui mudanças de estilo de vida (afastando desencadeantes) e emprego de fármacos, tais como betabloqueadores (atenolol), antidepressivos tricíclicos (imipramina), antagonistas dos canais de cálcio (verapamil) e anticonvulsivantes (topiramato). Na profilaxia, a eficácia dos medicamentos é avaliada por diminuição de duração e intensidade das crises e seu espaçamento num período de dois a três meses. Apenas para alguns fármacos há evidências consistentes sobre eficácia na prevenção de enxaqueca. Se alguns desses fármacos em monoterapia não se mostram eficazes, combinações deles devem ser tentadas, antes de substituir por medicamentos de segunda escolha. A eficácia profilática de magnésio, riboflavina e coenzima Q10 é baixa. Porém, muitas vezes, são usados pela ausência de efeitos adversos. Magnésio pode ser particularmente útil durante a gravidez. Ensaios clínicos controlados não evidenciaram que acupuntura se diferencie do placebo. Toxina botulínica A não é eficaz na profilaxia da enxaqueca.
Revisão sistemática Cochrane de 15 estudos comparou 11 fármacos a placebo na prevenção de enxaqueca em crianças. Propranolol reduziu em dois terços a frequência da cefaleia.
A indicação de profilaxia se faz para pacientes com as seguintes condições:
- Não resposta ao tratamento sintomático agudo ou impossibilidade de fazê-lo.
- Aumento progressivo na frequência das crises de enxaqueca.
- Ocorrência de crises uma ou mais vezes ao mês.
- Incapacitação decorrente da gravidade e duração das crises.
- Abuso de medicamentos para tratar as crises.